O peixe desapareceu, a fome ocupou o lugar
O pescador entristeceu por não ter onde pescar
O curimatã também partiu para nunca mais voltar
Vendo o peixe sucumbir não há razão pra ficar.
O peixe sumiu, a água turvou
Do barraco do cais e porto
O Luxo e o lixo
O olhar em pranto
Deste rio escondido, abaixo
O matagal pra ninguém enxergar.
O piau-gaya e o dourado com sua cor D ouro
Tem a dor do desespero
Perderam toda a beleza com a morte do pesqueiro
Depois de ver tudo isso eu também chorei de dor
Acabou-se para sempre meus sonhos em acreditar
Em um só Barreirense
Ali tão próximo um mercado velho
Que de tão velho e abandonado
Todos se embriagam
Mijando e sorrindo nas suas águas
Mijam nas águas que bebem?
Bebam a água apodrecida
Podre é o teu degustar...
O progresso e a ganância arbitraria e atrevida
Agridem a natureza, já não respeitam a vida
No penhasco do cais
O matagal para esconder a vergonha de um povo
O povo deste lugar.
E se todos os Barreirenses acordarem?...
Por: Tony Lacerda
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